Blogs como processos educacionais

Dando continuidade ao curso, tivemos, no segundo encontro (18.04.2018), a oportunidade de analisar as experiências e reflexões de docentes que utilizam os blogs como canais de aprendizado. Para tanto, nos servimos do texto de Adriane Lizbehd Halmann e Maria Helena Silveira Bonilla, Reflexão entre professores em blogs: Passos para novas educações. Logo na primeira parte, uma constatação, a de que "os blogs não são apenas uma ferramenta ou 'instrumento' para a execução de algo, tal como uma chave de fenda, mas sim, estruturam todo um tipo de fenômeno, próprio dos blogs". Quer dizer, tal como os movimentos sociais, "são o resultado, em constante mutação, de uma interação com diversos fatores, tendências, necessidades dos sujeitos que compõem o processo e dos demais que os rodeiam".
Vivemos hoje uma terceira revolução ou onda na internet, a Web3.0. Depois de passarmos pela Web 1.0, onde o objetivo principal era o consumo, lógica do mundo capitalista, e pela Web 2.0, onde uma interação maior entre o emissor e o receptor se tornou possível, chegamos  ao processo semântico que mapeia uma série de características do usuário para uma maior interação. Ainda que o foco principal continue sendo o mercado, a chamada internet inteligente consegue chegar cada vez mais próxima dos seus usuários.
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Esse novo viés pedagógico, que utiliza os blogs como processos educacionais, tem um sentido semelhante, ainda que, felizmente, não seja voltado para o mercado consumidor. Nas palavras das autoras, esse movimento significa, mais do que pensar isoladamente, "exteriorizar pensamentos, formular ideias, discutir, contrapor, estar aberto a críticas e buscar outras formas de atuar na prática. (...) Significa, além de teorizar e consumir informação, produzir conhecimento contextualizado, atuar em contexto, sair de uma postura passiva para atuar plenamente na sua formação e em todo o contexto que envolve os professores e os processos educacionais".

Comentários

  1. os blogs são um fenômeno da web 2.0, pois possibilita a interação entre os sujeitos, a liberação da palavra, o diálogo, a reflexão.

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