A imagem entre o virtual e o real
No dia 15 de novembro de 2003 a UFBA perdia um dos seus
maiores docentes, o ex-reitor Luiz Felippe Perret Serpa, que fez a sua passagem
depois de um infarto fulminante. Segundo ele, "a invasão da imagem em todas as atividades humanas foi conseqüência das
tecnologias desenvolvidas e utilizadas nos estudos da Física desde o início do
século XX". No seu texto A imagem como paradigma, ele afirma que esse é o
modelo "mais significativo para o desenvolvimento do conhecimento no
século XX". "Na verdade, a imagem não só instrumentalizou o
conhecimento, como também teve e tem um papel estruturante do próprio
conhecimento".
Com a expansão do mundo digital, a imagem ganhou uma enormidade sentidos, sem abrir mão do seu principal significado, o de representação do real. A sintonia ou aderência entre imagem e realidade se desintegrou. Essa nova relação entre a tecnologia e a ciência na produção do conhecimento criou uma outra concepção de mundo.
Com a expansão do mundo digital, a imagem ganhou uma enormidade sentidos, sem abrir mão do seu principal significado, o de representação do real. A sintonia ou aderência entre imagem e realidade se desintegrou. Essa nova relação entre a tecnologia e a ciência na produção do conhecimento criou uma outra concepção de mundo.
A realidade virtual se
estendeu e possibilitou uma nova significação do real. Os softwares que simulam
os mais diversos tipos de estudos, economizando tempo e matéria, é uma prova
disso. Hoje, conforme Serpa, "devemos ver a imagem não como representação
da realidade, mas como a própria realidade, pois a imagem constitui-se no fator
estruturante da própria realidade".
Por isso a imagem não pode apenas ilustrar as velhas aulas onde se transmite informações aos alunos, precisam elas também estruturar as práticas pedagógicas.
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